terça-feira, 16 de junho de 2020
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Fascismo e sua antítese.
O termo fascismo é derivado da palavra
latina Fasces que designava um feixe de varas amarradas em volta de
um machado. Este foi símbolo do poder conferido aos magistrados na República
Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes. Benito Mussolini
adotou esse símbolo para o partido, cujos seguidores passaram a chamar-se
fascistas.
O simbolismo dos fasces sugeria "a força pela
união": uma única haste é facilmente quebrada, enquanto o feixe é difícil
de quebrar. Outros grupos fascistas desenvolveram símbolos semelhantes,
todos com a ideia de força no grupo.
Definir o que representa o fascismo não é tarefa fácil,
uma vez que diversos grupos se apresentam como fascista, mas possuem diferenças
entre si. Mas para ser didático, podemos apontar algumas semelhanças, ou
características que são relativamente comuns a todos.
A ideia de força no grupo, ou seja, o indivíduo não é
valorizado. As peculiaridades de cada cidadão não são importantes para o
fascismo. O que importa é a nação e o que o povo pode fazer pelo país.
Culto ao líder também é determinante, uma vez que o poder
fascista se dá por ditaduras e não admite eleições. O voto não é valorizado, já
que representa a vontade individual e não o desejo coletivo imposto pelo
partido. O líder é autoridade máxima e nunca questionável. Populista e
carismático, o líder fascista deve representar o que se espera do próprio
estado. Ele é a personificação do poder estatal.
Exaltação do militarismo é uma forma de exaltar o estereótipo
masculino do século XX. Não podemos esquecer que o exército neste momento só
admitia homens, jovens e viris. Isso entrou para o imaginário fascista e até se
desenvolve um fetiche em alguns.
Relativismo da violência é muito marcante. Como existe a
ideia de darwinismo social, ou seja, os fortes dominam os fracos, a violência é
entendida como prática de seleção. Se você não consegue se defender, você é
fraco e deve ser eliminado deste mundo idealizado, forte e macho.
Nacionalismo é a característica universal dos grupos
fascistas O estrangeiro sempre é odiado e menosprezado. Visto sempre como raça
diferente e subalterna, daí vem o ideário de expansão territorial. Já que
acredita que os outros povos são menores e menos capazes, o fascista pretende
dominar os territórios para expandir seu poder e proporcionar ao seu povo, que
é forte e capaz, um território maior e mais produtivo.
Essa tendência política tem também por característica a
negação do liberalismo, do marxismo e do conservadorismo, embora admita associar-se
a ele para poder alcançar o poder. Por esta estratégia, o fascismo erradamente
é associado a direita política, mas ele é também antagônico à direita e à esquerda.
A maneira que o fascismo acredita que se pode chegar ao
poder, ou seja, sua estratégia, é de mobilização das massas com a militarização
da política, a criação de uma milícia civil dentro de um partido único, já que
a dissidência não é aceita ou tolerada no grupo fascista.
Outra estratégia é a forte estética romântica, culto e
exaltação dos símbolos, ênfase na masculinidade e na juventude, depreciação do
feminino e das gerações mais velhas. Líder carismático e endeusado.
A homofobia, o machismo, a xenofobia também são
características dos grupos fascistas. Uma vez que esses três grupos representam
a oposição de mundo idealizado por eles. Não existe espaço para o diferente e
para o mais fraco no grupo fascista. Somente a força masculina estereotipada é
que tem lugar na dominação de uma nação forte e impositiva.
No seu surgimento, o fascismo foi moldado por Mussolini
em um mundo do século XX. Por este motivo, atualmente podemos encontrar
diferentes grupos que destoem das principais prerrogativas ideológicas, mas com
a tomada do poder, esses grupos tendem e almejam o mesmo ideário de Benito.
O liberalismo econômico, por exemplo, é uma
característica que na essência fascista não é aceita, mas para o convencimento
das massas, ele pode ser tolerado até que se consolide o poder. O protecionismo
laboral é outra tentativa de agradar as classes operarias, até que esteja
totalmente convertida ao único partido.
Como pode ser lido, o fascismo é uma tendência totalmente
destoante da atualidade e de todo desenvolvimento científico e intelectual do
nosso século, mas isso não impede de existir representantes fascista ainda em
nossos dias.
Por mais que todas as práticas ideológicas fascistas já
tenham sido postas em xeque, ainda existem defensores e tentativas de
convencimento das pessoas por parte de grupos fascistas. Eles, muitas vezes,
não se apresentam ou se identificam em um primeiro momento como tal, aos poucos
vai introduzindo sua visão de mundo e sua forma de conceber uma nação.
Podemos perguntar, como as pessoas atualmente podem se convencer na validade de ideias tão retrógadas e perigosas para a sociedade? E a resposta é muito simples. Uma vez que o fascismo é uma ideologia que não acredita na ciência, é relativista em todos os assuntos e não valoriza o conhecimento, isto tende a agradar o cidadão medíocre.
Aquele que fracassou em tudo. O que nunca conseguiu ser bom em nada e que não consegue se destacar em coisa nenhuma, prefere se esconder na ideia de grupo, onde sua fraqueza intelectual não será percebida.
Em outras palavras, a massa fascista é composta
por gente burra, por sua vez, a elite dominante fascista é composta por gente
cruel, que se beneficia economicamente da nação bestificada. Para alcançar o
seu propósito, a elite fascista persegue, prende, agride e elimina todas as
vozes destoantes e denunciantes.
terça-feira, 2 de junho de 2020
Jean William Fritz Piaget
O suíço Jean
William Fritz Piaget. (1896-1980), foi Biólogo e Psicólogo. Mais
conhecido como Jean Piaget ou somente Piaget.
O principal conceito de Piaget é o de Epistemologia
genética.
Epistemologia vem de duas palavras gregas.
Episteme =
conhecimento e Logia = busca da razão
A narrativa de Jean Piaget é nova no sentido de buscar a
origem do como a criança produz conhecimento, ou seja, quais instrumentos
cognitivos desenvolvemos para que a ciência seja produzida.
Psicologia genética, demonstrada em Piaget identifica como o
ser humano constrói a capacidade de conhecimento, ou seja, a gênese do
conhecimento humano. Equiparada a teoria
de Charles Darwin na evolução das espécies, Piaget também acredita e desenvolve
uma teoria de adaptação cognitiva, o que ele vai chamar do método mais avançado
de evolução, ou seja, o conhecimento.
O conhecimento, segundo Piaget, possui estádios. Esta
palavra foi erroneamente traduzida por estágio o que deturpa seu entendimento.
Estádio de conhecimento é uma realidade vivida. Importante em si. Sua superação
indica o novo estádio.
Temos 4 estádios de conhecimento:
0 a 2 anos –
Sensorial motor.
2 a 7 anos –
Pré-operatório.
7 a 12 anos – Operatório
concreto.
12 a 16 anos – Operatório
formal.
Claro que as idades são meramente médias. E cada superação
de estádio está intimamente ligado ao meio em que a criança vive. Esta
superação pode ser mais adiantada, retardada ou impedida de acordo com o tipo
de vidada e ambiente que a criança vive.
Diferentemente do empirismo que acredita no conhecimento
através dos sentidos e do apriorismo que julga os seres humanos com capacidades
inatas e que basta desenvolvê-las, Piaget acredita que o conhecimento vem da
ação da criança no mundo.
Tudo depende do que a criança faz. Para este movimento de
fazer e tornar a fazer, Piaget denomina de equilibração, ou seja, construção de
conhecimento através da ação no meio. Esta equilibração se dá da seguinte
forma:
Assimila + acomoda
+ adapta = constrói conhecimento.
Com a teoria piagetiana, chegamos à pedagogia ativa, uma
pedagogia que está relacionada não com o que se aprende, mas como se aprende. O
importante não são os conteúdos que a escola ensina, mas como são ensinados.
Uma vez que a criança aprende assimilando as coisas que ela
faz no mundo, o conhecimento principal que a escola pode fazer é a simulação e
intermediação. Aumentar a capacidade cognitiva do aluno é o melhor que a escola
pode fazer. Os conteúdos podem ser adquiridos em diversos meios, e se a escola
se fechar na proposta de dona do conhecimento, ela vai ser superada e se tornar
obsoleta.
Os educadores são fundamentais no processo de criação dos
estádios de conhecimento dos alunos. Mas quem são os educadores? Todos os
envolvidos na escola. Do professor passando pela gestão e chegando até os
funcionários. O processo de aprendizado se dá na prática no mundo. Aprender a
fazer fazendo.