domingo, 28 de julho de 2013

As brincadeiras como patrimônio cultural imaterial a incentivar – uma experiência participativa com crianças. (Resumo do texto original de Maria José Araújo)

Todos acreditam saber o que seja brincar, mas na realidade, não se tem certeza. Para os adultos, brincar é se divertir e se descontrair, mas quando é para as crianças, o brincar é perda de tempo e deve ser sério e educativo.
Ao brincar, as crianças se socializam e usam técnicas de entrosamento. Elas podem brincar do que quiserem e quando quiserem. Parar a brincadeira e recomeçar de onde pararam. O que podemos observar, é que a criança tem o domínio do seu divertimento e enquanto brinca, ela pode aprender e desenvolver habilidades e competências.
O brincar deve ser tomado como uma atividade, não apenas de lazer, mas sim, como uma via de desenvolvimento das capacidades cognitivas e motoras. No espaço escolar, brincar é visto como distração, quando ao contrário, deveria ser visto como fundamental para o desenvolvimento da criança e do seu raciocínio.
O recreio é a forma concreta do brincar e de sedimentar os relacionamentos das crianças. É neste momento lúdico, que as crianças desenvolvem o seu conhecimento e suas práticas socializantes.
Neste contexto, o recreio é fundamental para ajudar as crianças no seu desenvolvimento. Como na sociedade ocidental, este espaço se apresenta como um dos poucos espaços para brincadeiras e relacionamento, deve ser protegido e ampliado.
Motivado pelos pais, as crianças não tem tempo, ela está tomada de compromissos. Ao obrigar a criança a ter muitos afazeres, os adultos tiram o valioso tempo de alegria e aprendizagem, que se podem proporcionar as crianças nos momentos de confraternização entre elas. Quando as crianças brincam, elas produzem cultura, além de desenvolver suas habilidades motoras e psíquicas.
Com uma entrevista aberta, as crianças indagaram os pais sobre os brinquedos que usavam e as brincadeiras que faziam na infância. Ao contrário do que se pensa, as brincadeiras são as mesmas e a quantidade de brinquedos também. Diferente do que o popular acredita, não mudou muito a forma de brincar.
A pesquisa mostrou como os adultos não vêem importância na fala das crianças e por isto, elas desistem de falar. Promover um ambiente saudável para as crianças e um espaço de lazer é fundamental para o seu desenvolvimento. Cabe aos adultos motivarem e valorizarem o brincar e a conversa. 

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