quarta-feira, 31 de julho de 2013

Nos caminhos entre o Estágio Supervisionado e o PIBID: O que contam os Licenciados de Biologia?

A presente pesquisa se deu com professores de Biologia da rede pública de Fortaleza, mas suas considerações podem ser pertinentes a qualquer área do conhecimento ou mesmo em qualquer região do país.
Para iniciar a discussão, demonstra-se a diferença entre o estagio curricular supervisionado (ECS) e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Os pontos destacados demonstram como é importante o estágio e como a forma que ele está sendo desenvolvido no país, prejudica a formação do futuro professor.
Uma diferença marcante é o fato do ESC exige do licenciado apenas uma prática docente obtida pela observação, enquanto que o PIBID, com incentivo de bolsa e com um controle de supervisão maior, exige além de observação da prática docente, diversificação de experiências, alargando a sua compreensão de escola.
É importante ressaltar que o PIBID não pretende concorrer com o ECS, pois ambos possuem legislação específica e buscam se complementarem, na busca de uma educação melhor.
Quando perguntado aos alunos da licenciatura sobre o estágio, o que se evidenciou foi o pouco tempo empregado para a execução do estágio, mesmo a legislação exigindo 400 horas, isto se mostrou demasiadamente pouco diante da forma ineficaz que o estágio é feito.
Outro ponto a ser destacado é o contato que o estudante de licenciatura estagiando, tem com o professor já inserido na rede e que em diversos momentos desestimula o estagiário. Esta postura do professor com experiência se dá pelo fato dele estar desmotivado, diante das dificuldades encontradas em seu trabalho, ou mesmo, pela sua condição financeira pauperizada.
Diante do que foi exposto, o ECS pode ser completado pelo PIBID, mas não será o suficiente. Mesmo que aumente o tempo de estágio, que como já foi dito não é pouco, o que se discuti é a qualidade deste estágio.
Sair da simples observação da prática, para uma prática supervisionada parece ser o caminho que melhor pode ajudar os estudantes de licenciatura no aprendizado da prática docente.
É preciso ainda destacar, que o PIBID não é universal nos centros de ensino e, por isto, não atende na totalidade os estudantes das licenciaturas. Sua ação fica restrita aos atendidos e dificulta medir sua eficácia no que se refere à melhoria da docência como um todo. (Resumo do texto original de Maria Márcia Melo de Castro Martins – UECE/UFC, Isabel Maria Sabino de Farias – UECE, Maria Marina Dias Cavalcante – UECE)

Sem comentários:

Enviar um comentário