Parábola dos Talentos. Meditação Filosófica/Teológica de Mateus 25,14-30
À primeira vista, parece uma simples lição de economia e responsabilidade, mas ao aprofundarmos, encontramos conceitos que dialogam com a ética, a filosofia política e a metafísica. A parábola narra a história de um homem que, antes de viajar, confia seus bens a três servos, dando a cada um "talentos" de acordo com suas capacidades. Os dois primeiros investem e duplicam seus talentos, enquanto o terceiro enterra o seu por medo. Para Kant, a ação moralmente correta não é determinada pelas consequências, mas pela intenção e pela obediência a um "imperativo categórico" que é uma lei moral universal. O terceiro servo falha não apenas por não ter gerado lucro, mas por sua falta de iniciativa e seu medo. Ele age por conveniência e autopreservação, não por um senso de dever. Se o seu princípio de ação, "Não fazer nada por medo de perder", fosse universalizado, resultaria na estagnação de toda a sociedade. Os dois primeiros servos, por outro lado, agem por um sens...