Morte de João Batista. Meditação Filosófica/Teológica de Marcos 6,17-29
Caro leitor,
Quando lemos o evangelho de Marcos 6,17-29, a passagem sobre a morte de João Batista, podemos fazer uma ligação incrível com o existencialismo e o estoicismo.
A história de Herodes é uma oportunidade para reflexão sobre nossa existencia. Por um lado, ele não queria matar João, mas se sente preso pelo juramento que fez em público e pela pressão da festa. É o exemplo perfeito da angústia da escolha. Ele tem a liberdade de decidir, mas o peso da responsabilidade é tão grande que ele acaba cedendo ao medo da humilhação, e não à sua consciência. A cena mostra como a nossa liberdade, se não for bem usada, pode nos levar a cometer atos terríveis.
João está na prisão, sabe que sua vida corre perigo, mas não demonstra desespero. Ele aceita o que está fora de seu controle, ou seja, o destino imposto por Herodes. O que ele controla é sua própria virtude. Ele se mantém firme em sua denúncia, inabalável, e morre com dignidade, sem ceder. É a essência do estoicismo: focar naquilo que podemos controlar (nossas reações e nosso caráter) e aceitar o que não podemos.
No fim das contas, a história de João Batista é uma lição poderosa. É como se a autenticidade existencialista e a virtude estoica se encontrassem em uma única pessoa. Ele viveu e morreu de forma íntegra, fiel a si mesmo e à sua missão, mesmo em um mundo irracional e perigoso.
Achei que essas reflexões seriam interessantes para a conjuntura que vivemos e como enfrentar o que está por vir.
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